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Moçambique está ferido, e é nosso dever, como filhos desta nação, buscar a cura, não o agravamento do sofrimento.



O que estamos vivendo hoje é o reflexo de uma relação quebrada entre o povo e aqueles que deveriam protegê-lo. A polícia, que foi criada para garantir a segurança e a ordem, infelizmente tem, em alguns momentos, perdido o rumo de sua missão, tirando vidas que deveriam ser preservadas. E isso, meus irmãos, é inaceitável. Cada vida perdida é uma ferida profunda na alma do nosso país.

Mas, ao mesmo tempo, precisamos refletir sobre as ações do povo. O povo também tem suas responsabilidades. A violência, seja ela verbal ou física, não constrói pontes, não cura feridas, não traz soluções. Quando a fúria toma conta, perdemos a capacidade de dialogar, de negociar e de buscar caminhos pacíficos para a mudança que tanto desejamos.

A verdade é esta. não há inocentes quando a violência prevalece. Não podemos justificar o abuso de poder, assim como não podemos justificar a destruição, o caos e a retaliação. Ambos os lados têm falhado, e enquanto continuarmos culpando uns aos outros, estaremos distantes de qualquer solução real.

Moçambicanos, a solução não está em escolher lados, mas em escolher a paz, o diálogo e a justiça. A polícia precisa voltar a ser o símbolo da proteção, do serviço ao povo. E o povo, por sua vez, precisa se unir com responsabilidade, levantando sua voz com firmeza, mas sem recorrer à destruição.

Este é o momento de transformação. Não de destruição. É o momento de cada um olhar para dentro de si e perguntar, Como posso ser um agente de paz e justiça na minha comunidade? Não é fácil, mas é possível. A mudança não começa nos gritos, começa na consciência.

Que a dor deste momento desperte em todos nós um desejo real de reconstruir a confiança entre o povo e suas instituições. Porque somente juntos – povo e polícia – podemos reconstruir o Moçambique que queremos e merecemos.

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