
Michael Alexander Gloss, de 21 anos, morreu a 4 de abril de 2024 na “Europa de Leste”, de acordo com um obituário publicado pela família. Era filho de Juliane Gallina, nomeada vice-diretora de inovação digital da CIA em fevereiro de 2024.
De acordo com as notícias divulgadas, Gloss terá desenvolvido uma raiva interior contra os Estados Unidos e uma radicalização online durante a adolescência, o que o levou a combater pela Rússia no leste da Ucrânia.
Numa página da rede social russa VKontakte atribuída a Gloss, um jogador de futebol americano durante o liceu e filho de pais que serviram as forças armadas norte-americanas, o jovem descrevia-se como "um defensor do mundo multipolar".
Segundo o site de investigação iStories, Gloss é um dos mais de 1500 estrangeiros que assinaram contratos com o exército russo desde fevereiro de 2022, tendo estado envolvido em combates severos na linha da frente em dezembro de 2023.
“Com o seu coração nobre e espírito guerreiro, Michael estava a trilhar a própria jornada de herói quando foi tragicamente morto na Europa de Leste a 4 de abril de 2024”, escreveu a família no obituário, sem mencionar Rússia ou Ucrânia nem especificar as circunstâncias da sua morte.
Na universidade, Gloss era um ativista em círculos de protestos ambientais e de igualdade de género. Em 2023 viajou para Hatay, na Turquia, para prestar auxílio às vítimas do sismo que matou mais de 56 mil pessoas. Paralelamente, mostrava-se irritado com os Estados Unidos pelo apoio a Israel e à guerra em Gaza.
O desejo de ir para a Rússia começou a ser manifestado quando estava na Turquia, numa altura em que estava a ficar cada vez mais contrário à atuação dos EUA no Médio Oriente.
Entretanto, recebeu um visto para entrar na Rússia, viajou pelo país e chegou a Moscovo, onde se juntou ao exército, tendo sido enviado para um campo de treino. Três meses depois, foi enviado para a guerra na Ucrânia.
As circunstâncias da morte não são conhecidas, mas um amigo citado pelo The Guardian disse que a família foi informada sobre a morte pelo Governo russo, que prestou poucas informações adicionais. O jornal britânico refere que não é sabido se os russos realizaram ou não uma verificação dos antecedentes de Gloss ou se sabiam a identidade da sua mãe.
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