No auditório da Academia Militar, o ministro da Defesa recordou que o setor, em Portugal, tem um orçamento de "3,1 mil milhões de euros", bem abaixo da Saúde (14,9 mil milhões), exemplificou. Ou seja: isto significa que se deve investir mais na área que tutela. "As Forças Armadas não são um capricho", defendeu, reiterando que "se se é chamado a investir mais, Portugal tem de estar à altura".
Antes, o governante passou em revista a importância de pertencer à NATO e do papel da Aliança Atlântica na manutenção da paz, num "período de transição" como o que se vive. "Prescindir agora, quando o tempo é mais incerto e sombrio, seria pouco inteligente", considerou. E, por isso, é preciso ter uma NATO "coesa". Só assim a aliança conseguiu vencer a Guerra Fria "sem disparar uma arma", defendeu.
"Precisamos da NATO. Temos de ser capazes de reforçar o pilar europeu da Aliança Atlântica", disse Nuno Melo. Isso significa que "a Defesa tem de ser parte integrante do estado de espírito europeu" e há que produzir "muito mais" na Europa, numa altura em que se fala de um "realinhamento estratégico" da NATO. Esse "realinhamento", defendeu, "terá vantagens também para Portugal" e para as indústrias de Defesa nacionais.
Passando depois em revista o trabalho do Governo, Nuno Melo reforçou que o Executivo "conseguiu inverter o rumo" da redução do recrutamento das Forças Armadas - que chegaram a ter o efetivo em mínimos históricos, com o DN noticiou. É, portanto, "um sentimento de dever cumprido". "As Forças Armadas são a última fronteira de independência de um Estado e a barreira entre Estado e nação. O que nos compete é honrar a memória e os sacrifícios. É o que esperam de nós", rematou.
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