
“Zelenskyy compreende isto”, disse Trump, referindo-se ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, “e todos compreendem que isto está com eles há muito tempo”, afirmou nesta entrevista dada na terça-feira e publicada esta sexta-feira.
Estas declarações podem ser encaradas como mais uma forma de pressionar a Ucrânia a fazer concessões para acabar com a guerra, depois de Zelensky ter garantido que Kiev não reconheceria o controlo russo da Crimeia.
Península estratégica ao longo do Mar Negro, no sul da Ucrânia, a Crimeia foi tomada pela Rússia em 2014, quando Barack Obama era presidente dos EUA, antes da invasão de 2022.
"Eles já tinham os seus submarinos lá muito antes de qualquer período de que estamos a falar, há muitos anos. A população fala principalmente russo na Crimeia", disse Trump. "Mas isso foi dado por Obama. Não foi dado por Trump", acrescentou.
A entrevista é publicada no dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu no Kremlin o emissário norte-americano Steve Witkoff para discutir o plano de paz da Casa Branca para a Ucrânia.
"Entre outras coisas, foi discutida a possível retoma das negociações diretas entre representantes da Rússia e da Ucrânia", revelou Yuri Ushakov, conselheiro internacional do Kremlin, em conferência de imprensa.
Ushakov referiu que a reunião serviu para "aproximar as relações" entre o Kremlin e a Casa Branca e foi “construtiva e muito útil".
O conselheiro de Putin indicou que, conforme acordado pelos respetivos líderes, as consultas russo-americanas continuarão ativamente no futuro próximo.
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