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Túmulo do papa Francisco homenageia terra natal dos avós

 

Túmulo do papa Francisco, na Basílica de Santa Maria Maior

                            

A ardósia extraída das pedreiras de Lavagna, com vista para o Golfo de Tigullio, no leste da Ligúria, é conhecida como a “pedra do povo”.

O túmulo do papa Francisco, já sepultado este sábado em cerimónia privada na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, carrega um forte simbolismo: foi construído com ardósia da Ligúria, região do noroeste italiano onde viveram os seus avós, segundo informação divulgada pelo Vatican News, portal oficial do Vaticano.

Filho de imigrantes italianos, Jorge Mario Bergoglio manteve durante a vida uma ligação discreta com a Ligúria, mas essa conexão foi agora celebrada na hora da morte. O Cardeal Rolandas Makrickas, co-arcebispo da Basílica, revelou que o túmulo — simples, como o papa pediu — “foi feito com pedras da Ligúria, terra dos seus avós”.

Ali naquela região, na pequena cidade de Cogorno, município com pouco mais de 5 mil habitantes, resta uma placa de ardósia colocada numa típica casa de cor amarela, perto da igreja paroquial de São Lourenço, padroeiro de Cogorno, com o nome do bisavô de Francisco, Vincenzo Sivori, que emigrou para a Argentina no século XIX. “Lá, criou a sua família, incluindo a sua neta Regina Maria Sivori: a mãe do papa Francisco”, cita o Vatican News.

Atendendo às instruções deixadas em testamento, o túmulo, localizada perto do Altar de São Francisco, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, é bastante discreto. Tem apenas o seu nome papal em latim, Franciscus, e uma réplica de ferro da cruz que usava no pescoço. Sem ouro, pedras preciosas ou adornos, reafirmando a coerência do papa com o seu voto jesuíta de pobreza.

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